Árvores das Garças

ÁRVORE DAS GARÇAS

Segundo pesquisas feitas para o projeto Museu de Território de Galópolis fase II, a história da árvore das garças se mescla à história indústria têxtil local que, por sua vez, foi a responsável pelo desenvolvimento local.

De acordo com a memória oral dos moradores de Galópolis, a história da árvore remete ao período em que o Lanifício são Pedro passou a produzir seda, em meados da década de 1920. Nessa época, existia na empresa o setor de sericultura, parte da zootécnica especial que trata do estudo e da criação do bicho-da-seda, para fins de fabricação de tecido.

Em sua fase larvar, o bicho-da-seda se alimenta exclusivamente de folhas de amoreira. Assim, para estimular a criação e posterior produção do delicado tecido, a fábrica plantou amoreiras nos seus arredores. Em meados de 1980, a administração do Lanifício construiu um lago, arborizou e plantou um gramado próximo a essas árvores.

Aos poucos, as graças começaram a vir atrás de alimento, encontrando tudo que precisavam para ali se instalarem, pois as árvores de angico existentes no entorno também servem para a fabricação de seus ninhos.

A revoada das garças, que chega à Vila no entardecer, é um espetáculo à parte. São cerca de 50 a 100 garças em um bando e estima-se que sejam cerca de 2.000 animais que ali se reproduzem, migram para o norte e retornam para mais uma estação quente.

Contribuição:

Geovana Erlo, 2022

Historiadora graduada pela Universidade de Caxias do Sul, mestranda em Museologia e Patrimônio pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mediadora e educadora para o patrimônio cultural no Museu de Território de Galópolis e Inventário Participativo de Galópolis.

Currículo Lattes:  http://lattes.cnpq.br/7499007465789111

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