Museu e Casa Zinani
Fica a 15 quilômetros do centro. Cerca de 30 minutos de carro. Estrada asfaltada e também utilizada para passeios de bicicleta. Tem ônibus da Linha 3ª Légua.
Museu e Casa Zinani você pode conhecer o museu com opções para café e eventos. No local você pode conferir móveis, roupas e objetos utilizados pela família.
Contato: (54) 3284-1241
Museu e Casa Zinani: conheça como os imigrantes viviam
Não há como percorrer a Estada do Imigrante sem ser impactado por uma casa de madeira linda que fica na beira da rodovia. Por fora, ela já encanta, mas o interior reforça ainda mais o seu valor histórico. O Museu e Casa Zinani recebe visitantes desde 2000 e resgata boa parte da vida dos imigrantes italianos que por aqui chegaram. “Houve uma articulação para a criação de um roteiro turísticos e foi formada uma associação em 1998. Éramos em 32 pessoas na Estrada do Imigrante. Ele disse que começaríamos a receber visitantes e então organizei as coisas da minha família para fundar o museu”, conta Ivete Zinani Marchi.
Dois anos depois, ela abriu a casa para as visitas. E no livro que mantém até hoje, estão registrados os primeiros turistas. “Foram pessoas de Santos e da Itália”, afirma. Ivete fez curso no Sebrae e é a responsável pelo atendimento desde que abriu o lugar. Sabe detalhes de cada uma das peças expostas na casa erguida em 1898. A única mudança na residência foi a construção da cozinha no interior, o que não acontecia na época em que seu antepassados viviam ali. O restante é todo original. “Eles chegaram da Itália em 1889, quando meu avô (Otávio) tinha 14 anos. Meu bisavô (Amedeu) chegou e construiu uma outra casa, que tinha uma água só, metade era uma serraria e metade era a residência. Um tempo depois, em 1915, construíram essa que virou o museu”, explica Ivete.
Tanto seu pai, Osmar, quanto ela e seu irmão, Ademir, nasceram nessa casa. Também por isso, ela é tão especial. Ivete viveu ali até casar, quando mudou-se para Galópolis. Hoje, seu trabalho acontece ali. Tudo que está exposto pertenceu à família dela, não há doações. Consciente do valor histórico e disposta a preservar o legado de seus familiares, Ivete sempre guardou tudo, a exemplo do seu pai. Há vestuário, ferramentas e muitos utensílios usados em outros tempos. “O meu pai sempre falou que quando ele morresse, não deveríamos colocar nada fora. Eu sempre tive amor pelas coisas do passado e faço questão de preservar”, completa.
A visita guiada por Ivete acontece aos finais de semana e cada peça tem a sua história relatada. Além disso, ela oferece café e pastéis e tem um espaço para eventos fechados, como aniversários, casamentos, recepção para turmas de estudantes e encontros com café colonial. “Eu recebo todos com muito carinho, porque eu amo esse lugar”. Legado, preservação e amor, uma mistura que não tem como dar errado.