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Parque da Gruta Nossa Senhora de Lourdes

GRUTA TERCEIRA LÉGUA além de abrigar uma igreja esta entre os melhores locais do Brasil para escalar
Estrada do Imigrante, 3º Légua, s/n - Bairro Galópolis. Caxias do Sul - RS

Registros disponíveis que em meados da década de 40, moradores da região que estavam caçando encontraram o local. Impressionados pelo local resolveram procurar o bispo para instalar templo religioso.

Contam que logo depois que o bispo autorizou o local para a igreja, os colonos começaram a trabalhar na limpeza do interior da gruta. Durante cerca de dois anos os colonos se reuniam para trabalhar na gruta, aproveitando os domingos para não perder os dias de trabalho na roça durante a semana.

 Em 1949, foi inaugurada a capela Nossa Senhora de Lourdes, com missa solene celebrada pelo bispo Dom José Barea. 

A  gruta está localizada em uma ramificação da Estrada do Imigrante, o acesso se dá através de uma escadaria, a Escadaria da Gruta Terceira Légua, conta com 150 degraus em meio a mata, que simbolizam o Rosário. A gruta é um abrigo de basalto que conta com um grande espaço interno onde foi construída uma capela. No local são realizadas missas no segundo domingo de cada mês.

A história da fé dos colonos está preservada ao lado do altar, aos pés de Nossa Senhora, através de vários objetos, bilhetes e cartas de diferentes épocas, pelas quais os fiéis agradecem à Nossa Senhora as graças alcançadas.

A gruta é reconhecida também, como um dos melhores destinos do Brasil para escalada e rapel, por possuir 41 vias de acesso que em sua maior parte são negativas a teto, internadas nas estéticas e diplomadas vias.

Um pouco mais a frente se localiza uma bela cachoeira de 60 metros de altura, acessível por uma curta trilha entre a mata. É bom tomar cuidado, pois a trilha é um pouco escorregadia e com pedras soltas.

A relatos, mas não sabemos se ocorreu de fato:  após ter encontrado a gruta os moradores entraram em contato com o bispo da época, Dom José Barca, para pedir permissão para fazer dentro da gruta uma igreja para Nossa Senhora de Lourdes. Na época ainda não existia a  escadaria que dá acesso à gruta, então o bispo teve acesso à gruta da mesma forma que os demais colonos chegavam até cla: "desceram o bispo por uma corda!"

No local tem o Restaurante da Gruta aberto aos  sábados e domingo. No sábado serve, lanches e petiscos destaque para torrada com pão colonial, queijo, salame e pepino. Aos domingos o tradicional almoço típico de colônia é irresistível sempre mediante reserva.

Você também encontra produtos típicos coloniais como pão, biscoitos, gostruli e muitos outros;


PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS GRUTAS

GRUTA DA 3ª LÉGUA

          O Processo de formação das grutas em rochas vulcânicas da Formação Serra Geral, nas quais está inserida a Gruta da 3ª Légua, está relacionado principalmente às zonas de contatos dos derrames vulcânicos, através de diferentes resistências ao intemperismo químico (dissolução química), ou seja, as rochas apresentam minerais originários com diferentes resistências à alteração e transformação em argilo-minerais. Estas características conferem ao pacote de rochas do derrame inferior a feição de gruta, pelo abatimento dos materiais menos resistentes em relação ao pacote rochoso do derrame superior mais resistente.

          Contribuem também para a formação das grutas, os processos de intemperismo físico, ou a queda mecânica dos horizontes inferiores devido às estruturas rochosas (lineamentos na forma de falhas ou fraturas) presentes nas rochas vulcânicas da Formação Serra Geral. Estas estruturas são locais de circulação de água superficial e subterrânea, com feições rompendo mecanicamente ao longo destas estruturas, favorecendo o transporte mecânico dos materiais intemperizados. Outras estruturas internas dos derrames (disjunções horizontais) também podem conter água e favorecer o processo de intemperismo físico, com o abatimento (queda de blocos) de horizontes de derrames inferiores no pacote vulcânico, contribuindo para a geração das grutas. 

GEOLOGIA REGIONAL

Geologia do Município de Caxias do Sul

          No município de Caxias do Sul afloram rochas vulcânicas da Formação Serra Geral (dacitos, basaltos e andesibasaltos), arenitos da Formação Botucatu, além de depósitos colúvio-aluviais recentes na calha, na planície de inundação e na base das encostas do vale do Rio Caí.

Rochas vulcânicas da Formação Serra Geral

A Formação Serra Geral recobre toda a metade norte do Estado do Rio Grande do Sul e é representada por uma sucessão de derrames de lavas.

Esta Formação é constituída por um espesso agrupamento de rochas vulcânicas basálticas e dacíticas, estas últimas mais abundantes na seqüência de topo do pacote, que extravasaram desde o Triássico Superior, desenvolvendo-se de modo significativo durante o Juro-Cretáceo.

Esta unidade é composta de rochas ácidas (riolitos) a intermediárias (dacitos) e rochas básicas (basaltos e andesibasaltos) estruturados na forma de derrames tabulares que repousam discordantes sobre os arenitos eólicos da Formação Botucatu.

Diques de diabásio, encaixados em unidades rochosas mais antigas e relacionadas às vulcânicas, têm ocorrência generalizada na região.

No município de Caxias do Sul, as rochas dacíticas afloram, de modo geral, a partir da cota 650 m até os derrames de topo com cerca de 900 m na localidade de Vila Seca.  Estas litologias afloram principalmente nas porções centro, leste e oeste do Município de Caxias do Sul.

As rochas basálticas encontram-se, de modo geral, entre as cotas 200 à 650 m, principalmente nas encostas dos vales encaixados dos Rios Antas e Caí.

 

Rochas areníticas da Formação Botucatu

          Esta unidade é composta por rochas sedimentares areníticas de origem eólica, de idade Jurássica. Os depósitos eólicos da Formação Botucatu são recobertos e intercalam-se com os derrames vulcânicos da Formação Serra Geral, o que indica uma continuidade temporal entre a sedimentação Botucatu e o vulcanismo Serra Geral, marcada pelo decréscimo da sedimentação eólica e um aumento do volume de rochas vulcânicas.

  No município de Caxias do Sul, estas rochas afloram apenas no Distrito de Vila Cristina, principalmente próximo à calha do Rio Caí, em cotas inferiores a 200  m.     

Depósitos sedimentares colúvio-aluviais

          São formados por depósitos sedimentares atuais (holocênicos) compostos por areias, cascalhos e argilas.

Estes depósitos (cascalhos e areias) ocorrem junto à calha e planície de inundação (na forma de terraços de depósitos argilosos) do Rio Caí no Distrito de Vila Cristina, além das encostas próximas ao vale do Rio Caí onde ocorrem os colúvios (material transportado das encostas), geralmente próximo aos afloramentos de arenito.

Coluna Estratigráfica Município de Caxias do Sul

Este conteúdo integra o projeto Patrimônios, lendas e marcos de Caxias do Sul, financiado pela Lei Paulo Gustavo de Caxias do Sul.

Produção, organização e Curadoria: Marivania Sartoretto

Revisão do texto: Paula Valduga

Fonte: moradores da região

Descrição da formação Geólogo  Luis Felipe Faccioni - Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos - SMOSP Prefeitura Municipal de Caxias do Sul

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