Antigo Casarão de Pedra
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Revitalizando a história da imigração!
Encravado em um vale profundo, junto à antiga trilha por onde passaram os imigrantes italianos, há um casarão de pedra construído por um desses imigrantes: João Tissot. Por muito tempo, o lugar foi passagem de comerciantes que circulavam pela Serra Gaúcha vindos de Porto Alegre e outras regiões portuárias. Naquela época, os produtos manufaturados eram a moeda utilizada e o comércio acontecia por meio de trocas. Viajantes chegavam com querosene, parafina, farinha e trocavam por trigo, milho e outros itens.
Muitas dessas trocas aconteceram entre as paredes desse casarão que foi adquirido por Sérgio Luis Buffon no início da década de 1990. Naquele ano, ele era casado com Lucimar Dalfovo, com quem teve duas filhas: Sara e Bárbara. Um tempo depois, houve o divórcio, mas a propriedade seguiu pertencente a ambos. Com as filhas já adultas, a intenção é desenvolver um plano para que o casarão se torne um atrativo turístico e possa ser visitado. A partir da construção da BR-116, a propriedade acabou ficando afastada cerca de 300 metros do principal caminho usado por quem trafega por Galópolis. Dentro dela, porém, seguem preservados tanto a trilha por onde os imigrantes passavam, quanto o imponente casarão.
Quem complementa a história dessa importante construção é Vivaldo Tissot, bisneto do proprietário do casarão, João Tissot. “No começo, essa casa foi uma hospedaria também, além de comércio, recebia os tropeiros e os animais. Ali era a metade do caminho que eles percorriam, então paravam com os bois e os porcos e os deixavam em uma área preparada para eles até seguir viagem novamente. Foi a casa onde o meu avô se criou”, conta. O avô de Vivaldo, Pedro, trabalhava como carreteiro, transportando mantimentos que passavam pelo comércio de João, instalado no casarão.
Foram essas duas gerações da família que viveram entre aquelas pedras que guardam tanta história. A partir da seguinte, do pai de Vivaldo, Frederico Tissot, não há mais tantos relatos. “Não sei se o meu pai chegou a frequentar aquela casa, talvez quando era bem pequeno, ele não falava dela. Eu a conheci e soube da história no início dos anos 2010, quando já tinha uns 40 anos de idade”, complementa.
Para que essas informações sejam compartilhadas com mais pessoas, Sérgio recebe pessoas para visitarem o casarão. Por enquanto, o lugar ainda não é um negócio turístico, mas esse é o objetivo. “Ainda não tenho uma data prevista, mas pretendo trabalhar com o turismo. Até isso acontecer, continuo cuidando da casa e mostrando para quem tem interesse”, finaliza. A história agradece!