Curtume
Nova Palmira chegou a ter seu próprio curtume
Os negócios se desenvolviam às margens da Estrada Rio Branco, que ancorava a localidade, e todos os imigrantes chegaram por ela. Os alemães se estabeleceram mais na beira do Rio Caí, em Nova Palmira, enquanto a maior parte dos italianos subiu a Serra. Com tantos negócios acontecendo, todas as necessidades eram atendidas em Nova Palmira mesmo, e não foi diferente com a manufatura do couro.
Romeu Schumann conta que ouvia seu pai contar sobre o curtume que foi instalado à beira da estrada. Todos os negócios funcionavam perto uns dos outros, porque o lugar era pequeno. “Era tudo emendado, tinha selaria e outros negócios ligados a animais, porque passavam tropas de bois pela estrada. Os tropeiros paravam por aqui para fazer negócios”, lembra ele.
Alguns desses negócios incluíam o couro curtido. “As pessoas que trabalhavam no curtume curtiam, lavavam e secavam. Quando estava seco, era vendido”, relata Romeu. Não há registros de datas exatas do tempo de funcionamento do curtume. Muitas histórias acabaram se perdendo com o tempo e o falecimento de quem as viveu. Uma informação, porém, é unânime nos registros de livros e nas entrevistas. Romeu é mais um que a confirma: “Nova Palmira tinha tantos negócios assim e era tão próspera por causa da Estrada Rio Branco”.