Se você já tem cadastro
Se você é novo por aqui
Você é
CLIENTE ANUNCIANTE
Incluir, mostrar e destacar a sua empresa, produtos e serviços. Inclui autorização para cadastrar eventos.
PROMOTOR DE EVENTOS
Cadastro para poder incluir eventos na agenda.
Deve ser no nome do promotor responsável pelo evento.
Teste

O projeto “Patrimônios, lendas e marcos de Caxias do Sul”  surge com o objetivo de valorizar o patrimônio histórico de Caxias do Sul em suas diversas manifestações e inclui trabalho de pesquisa, mapeamento e descrição de 100 itens, sejam eles lugares, construções, elementos naturais, hábitos e costumes, lendas ou curiosidades que fazem parte da trajetória de Caxias do Sul e são desconhecidos da grande maioria dos habitantes do município.


Os homens das cavernas, ou povos que habitaram antes da era comum a região ao pé da serra e possivelmente a região serrana, embora não tenhamos registros desse fato. Nesta ilustração estão representados três pessoas e um bebê que podem ser da mesma família dentro de uma toca de preguiça gigante. Nas paredes estão ilustrados desenhos rupestres fieis ao registro arqueológico da região.

 

Esta imagem foi construída a partir do estudo arqueológico das moradas dos indígenas serranos. Ela tem um caráter ilustrativo e tenta mostrar um pouco da rotina dentro e fora da Oca, que é construída com palha sobre um buraco no chão. Os elementos dela são colocados em ordem de acordo com os estudos realizados nas escavações arqueológicas.

 

Esta imagem é totalmente ilustrativa para demonstrar de maneira didática um personagem Kaigang em sua aldeia. A representação é feita a partir dos estudos arqueológicos e apresenta uma pintura corporal típica destes povos e elementos como cocar e lança de acordo com os achados arqueológicos. O personagem esta de pé imóvel para que possamos ver todos os seus elementos ilustrados. Está usando um manto produzido com urtiga. Ao fundo as Ocas em formato cônico, como acredita-se que eram, obedecendo uma ordem dispositiva. Os vasos de cerâmica e traçados de palha estão presentes na figura ilustrando sua produção artística. E ao fundo as araucárias que localizam a imagem geograficamente na serra gaúcha.

 

Esta imagem é bastante ilustrativa para representar um período histórico específico que foi a introdução do gado pelos jesuítas. Sabe-se, por registros da época, que este gado era selvagem e sua raça apresentava chifres desproporcionais, sendo difícil seu trato. O gado esta em primeiro plano para mostrar suas nuances, ao fundo os jesuítas ilustrados de forma simples, e a cena toda acontece em cima de um morro, uma tentativa de ilustrar essa chegada.

 

Aqui a imagem de um bandeirante a cavalo no primeiro plano olhando para o espectador em reconhecimento. Ao fundo o restante da tropa com seus novos escravizados, indígenas da região serrana. Podemos visualizar que a cena acontece nesta área devido a presença das Araucárias no último plano da imagem. As vestimentas dos personagens foram construídas de acordo com reconstruções da época. Esta é uma cena que infelizmente se repetiu pelo Brasil e não há por que duvidar que não tenha acontecido aqui na região da serra gaúcha também. A reconstrução é feita a partir de relatos e ilustrações da época.

 

Esta imagem reconstrói um possível encontro entre os povos indígenas da região serrana com os primeiros sesmeiros que aqui chegaram grande maioria descendentes de portugueses. Estes não vieram sozinhos, trouxeram afrodescendentes ou negros para trabalho nas fazendas de forma escrava. Na imagem os negros ficam de fundo observando o diálogo entre o bandeirante e o kaigang  “coroado”. As vestimentas dos personagens são construídas de acordo com registros históricos. O  corte de cabelo indígena é uma aproximação da realidade construída a partir de relatos e registros. Acredita-se que este era o corte de cabelo que os denominava como “coroados”.

 

Não se sabe exatamente como se deu o encontro dos povos negros e indígenas na região da serra gaúcha, mas em algum momento ele aconteceu. Não há registros de conflitos ou trocas significativas entre essas populações, mas acredita-se que tenha sido um encontro pacífico e amistoso. Nesta imagem tento representar esse encontro de forma amigável e com uma troca de presentes entre ambos.

Eles conviveram por entorno de 100 anos no mesmo território. (1760 registro das primeiras sesmarias até 1860 período que foram adealdos para receber novos imigrantes. Neste período o negro exercia trabalho escravo até 1884)

 

Esta  imagem tem caráter ilustrativo e representa um momento histórico. Nela uma pessoa aponta o caminho aos indígenas da região de Caxias do Sul na direção de onde deveria ser sua nova morada, visto que esta região seria para os novos imigrantes que chegavam. Os indígenas aqui já aparecem com roupas e formando famílias tradicionais, visto que estavam inseridos dentro da cultura brasileira/européia vigente. Um dos personagens tenta argumentar sobre essa remoção, mas aparentemente não é ouvido. Nesta ilustração tenta-se representar uma série de ações e acontecimentos no decorrer de muitos anos em uma única imagem que mostra o drama desse período.

Uma tropa carregando seus produtos vindo em direção ao espectador, ao futuro, ao nosso encontro. Nesta imagem vemos os tropeiros, negros e brancos, que cruzavam a serra gaúcha com seus produtos carregados por mulas. Aqui nas vestimentas já vemos a presença do pala e a diferenciação entre os chapéus da época.

 

Ilustrações: Artista Rafael Dambros

Técnica: Caneta soft sobre papel

 Orientações das ilustrações: Historiador, doutor em arqueologia e prof. Rafael Corteletti

Na arte tropeirismo, orientações do historiador, doutorando e prof. Orson Soares 

Na arte remoção e aldeamento indígena, orientações do historiador e mestre prof. Márcio Braga

Curadoria, pesquisa e organização: Marivania Sartoretto

Artes originalmente concebidas para o livro “Caxias do Sul História e Cultura nos Distritos” | Ano: 2024.