Queijaria Bolson & Camêlo

Queijaria Bolson e Camêlo: tradição de família

Marta segue os ensinamentos da mãe na fabricação de queijos

Marta Bolson Camêlo volta lá na infância quando conta a história da Queijaria Bolson e Camêlo. São as lindas lembranças de quando era criança e ajudava a sua mãe que mantêm a tradição de um negócio que segue sendo familiar, mas agora em outra geração. “Eu fui criada no interior, meu pai trabalhando como agricultor e minha mãe fazendo queijo. Foi com o trabalho dela que foi pago estudo das quatro filhas. Estudamos em escola particular e fizemos faculdade com o dinheiro da venda dos queijos”, conta ela.

Na época, claro, tudo era feito de forma caseira e informal. Josefina Luiza Bolson vendia para conhecidos e contava com a ajuda das filhas no turno em que não estavam estudando. “Eu e minhas irmãs tirávamos leite a mão, ajudávamos em casa, era tudo feito de forma manual, era difícil”, acrescenta. Com o passar do tempo, elas foram se encaminhando e indo embora do interior. Marta foi morar na cidade, mas a vida da infância seguia viva nas lembranças. E então, quando o pai faleceu e as terras foram divididas, ela decidiu voltar e trabalhar na fabricação de queijo, como sua mãe. “Se a mãe conseguiu pagar o estudo das filhas, era um negócio que poderia dar certo”. E deu!

Hoje, Marta tem uma agroindústria, porque os tempos são outros, há regras e burocracias a seguir. Tudo é feito de forma regular, e o negócio vai bem. “Começamos em 1994, paramos um tempo e de 2013 para cá, estamos direto. O trabalho é todo feito pela família”, diz. A história se repete na geração seguinte. Os filhos de Marta, Pedro Marcelo, Isadora e Artur, ajudam na propriedade quando não estão estudando, e o marido, Marcelo Camêlo, é o responsável pelas vendas. Tudo que é usado no queijo sai da terra deles. O plantio dos alimentos do gado de leite é feito ali, então há controle total da qualidade do produto vendido. Eles compraram as primeiras matrizes em 2013 e, desde lá, toda a criação acontece na propriedade. "Temos controle de toda a cadeia e somos a primeira propriedade de Caxias do Sul com certificado livre de brucelose e tuberculose”, complementa.

O carro-chefe é o queijo colonial, e há o especial “Della Pina”. O nome é uma referência ao apelido da mãe. Além desses, também tem queijo serrano e quatro tipos de colonial temperado. Para comprar, além de procurar no comércio de Caxias do Sul, Gramado e Canela, também dá para chegar na propriedade ou ir ao Ponto de Safra (em Caxias) às sextas-feiras. “Nossa propriedade fica a uns cinco quilômetros antes da sede do distrito de Vila Oliva. É possível visitar a propriedade com agendamento”, diz. Nós garantimos que vale o passeio! Além de curtir o interior, você ainda vai pra casa com um queijo delicioso!