Dagostini Kustoms

Dagostini Kustoms: um legado que se transformou em negócio
Fusca deixado pelo pai dá início a uma história de sucesso

Um Fusca deixado pelo pai, quando faleceu, em 2007, mudou a vida de Cleber Antonio Dagostini. Foi a partir desse legado, que chegou junto com uma orientação para que nunca fosse vendido, que ele transformou um hobby em profissão. A Dagostini Kustoms nasceu naturalmente e, por ela, já passaram mais de 200 carros. Customização completa, Cleber já fez em mais de 40. E reforça: “quando o carro entra aqui, eu faço o serviço como se fosse pra mim, ele se torna o meu carro”.

Essa dedicação ajuda a explicar o sucesso do negócio. Tudo começou quando ele decidiu reformar o carro deixado pelo pai. Desmontou no porão de onde mora, levou para um amigo fazer a lata, foi estudando as escolas automobilísticas e transformou o carro. Aí, quando saiu da empresa em que trabalhava, em 2013, vendeu uma gaiola, comprou outro Fusca, reformou, vendeu. E assim tudo começou, em um pavilhão de 100 metros quadrados. “No começo foi difícil, mas em 2018 deu uma guinada e começou a entrar muito trabalho. Construí mais um pavilhão, de 250 metros quadrados, e passei a atuar junto com parceiros que têm negócios na cidade”, conta ele. Ainda seria feito mais um, de 650 metros quadrados. Hoje, a empresa soma 1000 metros quadrados em pavilhões.

Esses fornecedores trabalhavam praticamente só para Cleber e, então, eles decidiram se unir, em 2020, e montar um centro automotivo que oferece mecânica, chapeação, elétrica, interiores e customização. O atendimento inclui também tratores e caminhões, e há um foco grande em carros antigos. “O forte é a personalização e o carro antigo original placa preta”, completa.

Um dos segredos para o sucesso do negócio é a personalização. Cleber primeiro entende a personalidade do cliente, para que o resultado tenha a cara do dono do carro. “Procuro saber os anseios de cada cliente que eu tenho. E é preciso muito jogo de cintura para controlar a ansiedade, porque um trabalho que demora um ano para ficar pronto, começa a ter resultados visíveis a partir dos 10 meses, então o cliente fica ansioso”, explica. Ele consegue contornar a situação com atendimento atencioso; e tem uma manobrinha especial que faz perto do final do trabalho: “Eu dou umas desculpas para o pessoal não vir pra oficina quando está acabando, para ter algum impacto na entrega. Esse é o ápice e sempre fico muito feliz quando o cliente recebe o carro”.

Quando olha pra trás e pensa nessa história, Cleber tem duas conclusões importantes. A primeira: “eu nunca mais cansei, porque meu trabalho é uma diversão”. E a segunda: “usei a herança do meu pai para fazer meu negócio. Em um pedaço de terra que achei que nunca usaria, acabei construindo o meu maior pavilhão”.

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