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Inovações em acessibilidade na Feira do Livro 2017

 

Uma equipe da Secretaria Municipal da Cultura (SMC) percorreu a estrutura da 33ª Feira do Livro de Caxias do Sul, nesta quarta-feira (04/10), acompanhada do engenheiro agrônomo aposentado Antonio Carlos Potrich, que utiliza uma cadeira de rodas motorizada há oito anos. O objetivo foi verificar a eficiência do planejamento de acessibilidade para o evento. O projeto arquitetônico foi pensado para a utilização da rua Dr. Montaury pelo público, o que também envolveu a adaptação da área entre a Praça Dante Alighieri e a rua coberta. 

A visita iniciou em frente ao palco central e passou pelas bancas que estão ao redor do chafariz, seguindo pelo palco infantil. O grupo também passou pela rua Dr. Montaury para acessar a Casa da Cultura. “Está quase perfeito”, brinca o aposentado, que elogiou a estrutura e também deu dicas para possíveis melhorias. Durante o passeio, Potrich ainda relatou que o espaço central da cidade está bem equipado quanto à acessibilidade. “Estamos no caminho certo, evoluindo com um passo de cada vez. Agora precisamos pensar no entorno do Centro para que Caxias seja ainda mais acessível”, analisou. 

O arquiteto da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan), Tiago Sozo Marcon, responsável pelo projeto da Feira do Livro deste ano, teve dois desafios em 2017. “Por conta da rua Dr. Montaury, a praça está mais aberta. Tivemos que pensar em acessibilidade e também na criação de um piso tátil”, comenta. O piso citado pelo arquiteto faz a ligação entre a praça, que já possui acessibilidade, com a Casa da Cultura, cruzando a rua.

Segundo Marcon, o projeto foi pensado durante três meses com a ajuda do titular da Coordenadoria da Acessibilidade da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS), Tibiriçá Vianna Maineri, e com o arquiteto Erny Sabedot. Maineri conta que até agora não havia visto uma Feira do Livro adaptada para todos os públicos e que a estrutura de 2017 é um grande começo. “Outra diferença foi o reconhecimento dos surdos e deficientes por parte da SMC. Antes éramos vistos como coitadinhos, mas estamos caminhando para termos uma independência maior”, comemorou Tibiriçá.

Além do piso tátil, a estrutura conta com 10 rampas, uma no espaço de sessão de autógrafos e as outras nas bordas da Praça Dante e Rua Coberta. Também há opções de entradas acessíveis para a Galeria de Arte Gerd Bornheim e para o Café da Feira, que promoveu um curso para a equipe atender pessoas surdas. Ainda há traduções em Libras dos protocolos e o logo em 3D da Feira para que deficientes visuais possam reconhecê-lo pelo tato.

Fotos: Vanessa Nava, Caroline Pegoraro