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Descrições de algum tipo de vinhos

Cabernet-Franc. [pron. cabernê-frank] Uva originária de Bordeaux, França, cultivada no Brasil. Sua planta distingue-se pelas folhas verde-escuras, grãos pequenos, esféricos e de casca grossa com maturação longa e bastante produtiva. Origina vinhos para serem consumidos ainda jovens. Em anos menos chuvosos na época de maturação, produz vinhos encorpados e com ganho de qualidade no envelhecimento. Dá vinhos de ótima qualidade com aroma pronunciado. É usada para combinações com outras uvas (p. ex., a uva Merlot, da mesma origem) no chamado “corte bordalês” (mistura de uvas originadas de Bordeaux). Adaptou-se muito bem ao Rio Grande do Sul. É a base de vinhos frutados (que cheiram a fruta devido à presença de frutose, açúcar das frutas em geral, e que está presente também nas uvas), agradáveis, e que dispensam envelhecimento prolongado.

Cabernet-Sauvignon. [pron. cabernê-sovinhon] Uva originária de Bordeaux, França, cultivada no Brasil. Tem cachos pequenos e cilíndricos, frutos pequenos, esféricos e de sabor meio amargo. Produz vinhos bem encorpados (espessos ou densos), frutados, porém é uma uva com alto teor de tanino e pode dar vinhos muito rascantes. Seus vinhos precisam de algum envelhecimento para adquirir toda sua qualidade.


Chardonnay. [pron. chardoné] Adaptável a diversos tipos de clima é, tanto quanto a Cabernet Sauvignon, uma uva muito plantada no mundo inteiro e importante no Brasil. É oriunda da Borgonha, na França, produz vinhos brancos “chablis” de intenso aroma e gosto persistente. Seu fruto é esférico e miúdo e dá em pequenos cachos de forma cilíndrica. Seus sabores e aromas frutados variam conforme as regiões, podendo lembrar frutas tropicais nas regiões mais quentes. O vinho chardonnay geralmente é rico e encorpado; no entanto, pode também ter aromas menos agradáveis, de terra ou de cogumelos, e possui acidez entre média e alta.


Merlot. [pron. merlô] Vitis vinifera bem adaptada no Brasil. Tem baixo teor de tanino, produz vinhos menos encorpados, porém pouco ácidos, de cor intensa e agradáveis ao paladar e ao olfato; dispensam envelhecimento e são menos agressivos que os da Cabernet. Entra em muitos cortes para atenuar produtos mais fortes. É produzida na Serra Gaúcha.
Moscato. Cultivada no Brasil, trazida pelos primeiros imigrantes italianos (Na Itália é base do Asti Spumante), apresenta cachos grandes e compactos. Tem várias sub-variedades. É usada na produção de vinhos brancos doces e aromáticos.


Sauvignon Blanc. [pron. sovinhon-blank] Tradicional variedade francesa, branca comercial, cultivada no Brasil, origina vinho branco de sabor um pouco amargo e aroma fino.
Semillon. [pron. semi-ion] Vitis vinifera cultivada no Brasil, é bastante comum e produz vinhos bons, mas pouco expressivos. É mais difundida no Chile e na Argentina, dá origem a muitos brancos importados.


Trebbiano. Vitis vinifera cultivada no Brasil, é uma uva branca de qualidade mediana. muito espalhada em todo o mundo. Vinhos normalmente medíocres.


Alicant bouchet: é uma uva de origem francesa usada em assemblages com outras variedades. Ela tem grande concentração de taninos e alta capacidade de envelhecimento.


Arinto: uva branca portuguesa, é usada com frequência na produção de espumantes. Tem boa acidez e aroma leve.


Bonarda: é uma uva europeia antes usada para vinhos de mesa. Ela alcança um ciclo longo de amadurecimento, no entanto precisa de muito calor para chegar ao ponto ideal. A Bonarda é mais usada em cortes com outras uvas.


Brachetto: da Itália, a uva tinta consegue alto nível de açúcar natural e é bastante usada na produção de espumantes.


Brunello di montaltino: a uva é natural da região Toscana, na Itália, e dá origem a vinhos estruturados, com sabor marcante e de alta longevidade. É considerado um vinho de guarda e, se bem armazenado, dura mais de duas décadas


Malvasia Nera di Brindisi: é uma variedade de origem grega que dá origem a vinhos tintos de alto teor alcoólico e acidez não muito elevada. O vinho é encorpado, já que a Malvasia tem maturação longa.


Gropello: nativa da Itália, ela produz vinhos leves e com aromas de fruta. Ela é usada em roses e em assemblages, mas também faz vinhos próprios.


Incrocio Manzoni: nativa da Itália, é uma uva branca usada em assemblages de vinhos brancos e espumantes. Costuma ser leve e refrescante.

Lambrusco Salamino: é uma uva italiana usada no Brasil para produzir vinhos frisantes, suaves de baixo teor alcoólico e secos jovens.

Montepulciano: é uma uva italiana que dá origem tanto a vinhos jovens como envelhecidos. Os vinhos feitos com essa uva costumam ter aroma de frutas e baixo teor alcoólico.

Sangiovese: bastante comum na região central da Itália, a uva dá origem a vinhos com acidez notável, estruturados e com aroma de frutas. Geralmente, é usada em assemblages.

Grillo: italiana, a uva dá origem a vinhos brancos bastante aromáticos e é usada tanto em assemblages como em varietais.


Malbec: a uva exige bastante cuidados para a produção no Brasil e se adapta melhor ao clima Argentino. Francesa, ela dá origem a vinhos encorpados e de alto teor alcoólico. 


Durif: a uva tinta francesa não é muito comum no Brasil e produz vinhos fortes, estruturados, com suporte para envelhecimento e presença de taninos.


Caladoc: a uva tinta francesa dá origem a vinhos aromáticos e com a presença forte de taninos na boca. Ela surgiu do cruzamento entre a grenache noir e a malbec.


Pinot Gris: apesar da coloração rosada, a uva francesa é usada na produção de vinhos brancos. Geralmente, o vinho apresenta coloração mais escura que os demais brancos, é leve e tem sabor frutado. 


Pinot Blanc: é clone da pinot gris e origina vinhos com aroma leve e sabor frutado. É usada bastante em assemblages e em espumantes.


Tempranillo: uva espanhola de casca grossa, é bastante resistente, amadurece rápido e contem quantidade significativa de taninos. Os vinhos com tempranillo são equilibrados, com aroma frutado e podem ser varietais ou assemblages. 


Shyraz: originada na Pérsia, ela é cultivada na França há muitos anos e é uma das variedades mais plantadas no mundo. É uma uva sensível de difícil cultivo. O vinho de Shyraz é característico pelo aroma e buquê.


Egiodola: francesa, é uma uva resistente e de maturação precoce em comparação com as demais tintas. A egiodola é tânica, tem pouca acidez e é geralmente usada em cortes com outras tintas, mas também dá origem a varietais.


Pinotage: a uva foi originada de um cruzamento entre a pinot noir e cinsaut feito na África do Sul. Ela é produtiva, resistente e consegue alcançar alto teor de açúcar na maturação. Origina vinhos frutados, que devem ser consumidos jovens, e espumantes.


Fernão Pires: portuguesa, a uva branca tem evolução rápida e pouca acidez. Ela produz vinhos frutados e com estrutura, principalmente espumantes.


Touriga Nacional: de Portugal, a uva produz vinhos com sabor marcante, aromas florais, cor violeta, sabor frutado e tânico. É comumente usada para varietais, mas também produz assemblages.


Castelão: uva portuguesa, ela dá origem a vinhos aromáticos, alcoólicos e com boas condições para o envelhecimento. 


Prosecco: a uva branca italiana ficou tão famosa por produzir espumantes que seu nome foi colocado ao produto. Ela dá origem a vinhos  leves, refrescantes e com baixo teor alcoólico. 


Gewurztraminer: originária da França, ela produz vinhos brancos picantes, aromáticos e com sabor marcante. 


Marselan: cruzamento da cabernet sauvignon e greenache, a uva francesa produz vinhos com aromas intensos, taninos macios, bem estruturado e apto para o envelhecimento.