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Arquivo João Spadari Adami é a primeira instituição gaúcha no Mapa Mundial de Instituições Arquivísticas

O  Arquivo Histórico João Spadari Adami tornou-se a primeira instituição gaúcha a ser cadastrada no Mapa Mundial de Instituições Arquivísticas. A inscrição ocorreu na semana passada por meio do preenchimento de um formulário oficial no site map.arquivista.net. O Mapa Mundial de Instituições Arquivísticas (Archives World Map) é um projeto que permite o cadastramento de instituições de arquivos históricos de todo o planeta para que pessoas dos mais variados lugares possam consultar.

O site é novo e o mapa ainda está em construção, mas a base de dados encontra-se estável para receber e armazenar os dados por muitos anos. Qualquer pessoa pode colaborar com o projeto adicionando uma instituição por meio do preenchimento do formulário disponível no site.

Já existem 449 instituições registradas no projeto. Dessas, 183 estão localizadas nos Estados Unidos, que é o país com maior número de organizações cadastradas. Como sexto país com mais cadastros, o Brasil tem 17 instituições que podem ser consultadas no site. No caso do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, é a única instituição gaúcha registrada no projeto até o momento.

Para a secretária municipal da Cultura, Adriana Antunes, esse cadastro permitirá que um número maior de pessoas tenha conhecimento sobre a história guardada no arquivo caxiense. "Além de expandir o acesso, ajudamos a tornar mais conhecido o próprio prédio onde está localizado o arquivo, que foi tombado como patrimônio histórico e arquitetônico em 1986 e é parte integrante da memória da cidade", destaca a secretária.

Criado em 5 de agosto de 1976, o Arquivo Municipal possui documentada a história de Caxias do Sul por meio de fotos, manuscritos, documentos oficiais, banco de memória oral e livros. Em 1977, foi acrescentada à denominação oficial a homenagem ao historiador caxiense João Spadari Adami, por sua contribuição no resgate e na preservação da história local.

Além de guardar a história do município, o prédio é parte integrante da memória de Caxias do Sul. Sua construção iniciou em 1890, como um estabelecimento comercial de secos e molhados e armarinhos de Vicente Rovea. Ficou conhecido pela grande maioria da população em 1926. Nesse ano, a propriedade passou para as mãos do médico italiano Rômulo Carbone, que nele instalou um hospital e sua residência, e acabou emprestando o nome ao prédio, o Hospital Carbone. Após sua venda, em 1945, virou residência. Foi tombado como patrimônio histórico e arquitetônico em 1986 e destinado a abrigar o Arquivo Histórico Municipal. 

Como chegar
Atende de segunda a sexta, das 10h às 16h. Horários alternativos devem ser agendados. Facilidade de acesso, podendo ser a pé ou de ônibus. Várias linhas de ônibus circulam nas proximidades.