Morangos Guerra vende frutas selecionadas e recebe visitantes em Forqueta
Em 2020, a pandemia provocou uma virada em um dos negócios de Gelson Aurélio Guerra. Quando a empresa com quem ele trabalhava fechou, a estrutura do aviário que havia em uma propriedade em Forqueta acabou ficando vazia. A ideia inicial era desmanchar, mas uma pessoa que o assessora com venda de insumos afirmou: ‘essa estrutura é boa para morangos’. A frase ficou na cabeça dele e da esposa, Márcia Basso Guerra. “O Gelson ficava pensando: 'morangos? Será?' Ele tem experiência com o cultivo de frutas, porque sempre trabalhou com uva. Temos também kiwi e pêssego, mas o morango é bem diferente, é uma fruta delicada”, lembra ela.
Gelson decidiu buscar informações e conversou com uma pessoa que havia transformado uma estrutura de aviário desativado em um espaço para morangos e então se animou. O primeiro plantio, de 8 mil mudas que vieram do Chile, aconteceu no dia 1º de maio de 2020, e Márcia conta que a família toda estava muito empolgada. “Passamos o feriado plantando, mas sem saber se daria certo”. As mudas eram boas e, sim, deu certo. Tão certo que, no final de 2020, a filha do casal, Letícia, e o marido, Iuri, decidiram propor uma sociedade. Vendo que o negócio tinha potencial para crescer e gostando do trabalho, eles decidiram entrar. “A minha filha propôs uma sociedade para o pai, ela e o Iuri entraram e plantamos mais 13 mil mudas”, destaca.
Como o morango requer muita mão de obra e Márcia já estava a fim de parar de trabalhar em escritório, acabou reforçando a equipe. "Eu vim trabalhar com eles em dezembro de 2021. Além das frutas que o Gelson já tinha, agregamos o morango e estamos começando também com laranjas”, complementa. Toda a produção dos Guerra é vendida diretamente para uma empresa de Santa Catarina, mas, vendo o movimento de visitantes em Forqueta, eles decidiram preparar algo específico para quem chega na propriedade querendo morangos. “Nós temos algumas mudas que dão morangos grandes, lindos, e separamos esses para vender para os visitantes”, detalha.
Essa comercialização começou por demanda, já que as pessoas passavam pela estrada, viam a propriedade e paravam. De olho na oportunidade, Márcia vem estruturando o negócio. Já colocou uma placa e está trabalhando na construção de uma banca. “Separamos os morangos que não se vê no mercado, eles são mesmo grandes”, reforça. Além disso, ela tem se adaptado aos pedidos dos visitantes, que querem entrar na estufa, fazer fotos e até colher. Tudo isso vem sendo aperfeiçoado para que o atendimento seja ainda melhor e o turismo passe a ser mais uma atividade, já que os visitantes são atraídos pelas vinícolas e têm gostado de parar na propriedade dos Guerra. “Enquanto a banca não estiver pronta, quando teremos horários de funcionamento, é só chegar. Se tiver morangos, eu atendo e vendo com o maior prazer”.
Você já sabe que é bem-vindo, então agora é só montar o roteiro e pegar a estrada!