Empresa Produtos Coloniais Sheila: sabor de massa feita à mão
A história da padaria Produtos Coloniais Sheila começa como muitos negócios que conhecemos: pequeno e com bastante trabalho. Angela Bortoluz Gotz teve uma sociedade por cerca de um ano, mas acabou comprando as partes das sócias e tocando sozinha por mais de duas décadas um negócio que faz muito sucesso em Galópolis. Ela conta que ao decidir seguir sozinha, improvisou um lugar na garagem do pai, pediu dinheiro emprestado ao avô e colocou a cabeça no trabalho. Era o começo dos anos 2000 e o esforço valeu a pena.
“No começo, todo o processo era manual, a massa era tocada à mão, fechávamos o agnoline, o tortéi, tudo à mão. Eu tinha uma funcionária e a minha mãe também me ajudava”, conta ela. Adelma, sua mãe, segue até hoje ao lado da filha e viu toda a evolução do negócio acontecer. Quem também está sempre com ela é o marido, Dirceu. Foi ele que deu o incentivo necessário para que ela comprasse a primeira máquina. “Quando surgiu a primeira máquina semiautomática para fazer agnoline, o meu marido falou para pagarmos em prestação e me incentivou. Acabei comprando”, lembra. Com o tempo, as evoluções foram acontecendo e hoje a padaria usa máquinas melhores, mas nunca perder a essência: o sabor e o amor que são colocados em cada produto: “A máquina toca e corta a massa, mas você come e acha que foi tudo feito à mão”.
O mix de produtos tem o agnoline como carro-chefe e, no inverno, a produção chega a 350 quilos por dia. Além dessa iguaria tradicional da região, a Produtos Coloniais Sheila ainda tem tortéi, massas de diversos tipos e pão caseiro. Somando tudo, nos meses de frio, a produção supera 450 quilos diários. “Todos os dias, ao final do dia, saem duas caminhonetes para fazer entregas. Segunda, quarta e sexta, eu atendo um lado da cidade. Terça, quinta e sábado, o outro”, relata. Na empresa, não tem balcão e nem um espaço para que os clientes diretos cheguem por lá. Porém, algumas pessoas que conhecem o sabor e moram por perto aparecem e, é claro, são atendidas. “Não vou deixar de vender, mas é mais fácil encontrar o nosso produto nos mercados”, reforça Angela.
E por que o nome Sheila? “Porque quando compramos, o casal que era proprietário tinha uma filha chamada Sheila. Como a marca já era conhecida, decidimos manter”. E, além de preservar, Angela a desenvolveu ainda mais, o que demonstra que o seu tempero é o responsável pelo sucesso.