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Banca Marchi acumula mais de 50 anos de história às margens da BR-116
A história da Banca Marchi, que vende produtos coloniais na beira da BR-116, em Galópolis, já acumula mais de cinco décadas. Luciane Marchi conta que seus avós, Avelino Marchi e Odila Marchi, cultivavam uva na propriedade e vendiam na banca em frente. “No início da década de 1970, meus avós colocaram um banquinho de madeira na beira da estrada, neste mesmo lugar onde está a banca, e começaram esse negócio”, conta Luciane Marchi, integrante da terceira geração e responsável por perpetuar a história da família. Na época, a rodovia nem se chamava BR-116.
Com o tempo, uma das filhas casou-se com o proprietário de uma vinícola, e então a banca passou a comercializar vinho, além da uva. Quando ficou viúva, Odila seguiu tocando o negócio sozinha. Depois de trabalhar um tempo como caminhoneiro, Leonor Marchi, pai de Luciane, decidiu ajudar a mãe na banca para ficar mais perto dos filhos. “Nesta época, a banca passou a oferecer mais produtos, eu tinha uma tia que fazia chimia, a nonna começou a vender o pão que ela fazia, fomos colocando as coisas da família”, relata Luciane.
Com 12 anos, ela começou a ajudar o pai e nunca mais saiu. Tinha três anos de idade quando uma chuva forte derrubou tudo, e lembra muito bem da banca caída e da família recomeçando do zero. “Eu tenho muitas lembranças. A minha avó faleceu aos 92 anos e acompanhou tudo, porque a casa é perto, dá para enxergar a banca. Eu lembro de chegar para trabalhar e vê-la sentada do lado de fora da casa, com a bengala, cuidando se todo mundo estava trabalhando”, conta.
Todo esse legado segue vivo na Banca Marchi, que oferece vinhos, suco de uva, cuca, salame, queijo, chimias, pão, biscoitos, bolachas caseiras e diversos alimentos em conserva. Nos dias de semana, a clientela é composta por caminhoneiros. E aos finais de semana, por turistas. “Posso dizer que 90% dos meus clientes são turistas. Apenas 10% são pessoas que estão passando pela estrada e decidem parar”, contabiliza. Os visitantes, acrescenta, compram tudo que têm relação com a Serra Gaúcha e que não conhecem, como copa, salame, queijo serrano, figada, entre outros produtos. Na safra, a fruta que deu início a essa história volta para a banca. “Estou pensando em ter um parreiral aqui perto, porque além de comprar a uva, os visitantes querem conhecer a parreira, colher”, diz ela. Os planos para o futuro, portanto, fazem parte da vida de Luciane junto da banca, o que indica que essa história de 50 anos ainda vai longe!