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Antigo Moinho Nossa Senhora do Carmo

Antigo Moinho Nossa Senhora do Carmo

MOINHO NOSSA SENHORA DO CARMO -  Antigo moinho, patrimônio histórico, esta em restauração sobre comando da Associação Beneficente, Social e Cultural Nossa Senhora do Carmo.

Visitação: apenas contemplação parte externa. 

Localização: Rua XV de Novembro - Centro do Distrito de Criúva.

Antigo Moinho Nossa Senhora do Carmo

O moinho Nossa Senhora do Carmo foi construído no ano de 1952. Já em novembro do mesmo ano começou a funcionar. Produzia farinha de trigo de dois tipos da marca Pérola: primeira e segunda. No primeiro ano de funcionamento, foi abastecido com trigo de nossa própria região, principalmente do distrito de Criúva, proveniente de famílias de mais ou menos 50 agricultores, Mais tarde, então, começou a ser importado trigo estrangeiro, principalmente da Argentina. Foi montado, no mesmo prédio, um moinho de milho que funcionava com um cilindro de pedra.

Existia também no local, um pequeno "beneficiador" de arroz, que servia para aqueles agricultores que cultivavam o chamado "arroz a seco”. Os sócios, no decorrer dos anos, foram se transferindo para outros lugares diminuindo a sua produção, a ponto de venderem os maquinário transferidos para São Jerônimo.

Sobrou apenas o moinho de milho. Mais tarde, o prédio foi vendido para Valdemar José Pante e que mais tarde revendeu para Vitorino Bossardi e membros da família Pasquali.

O moinho Nossa Senhora do Carmo era uma sociedade composta de seis sócios: Dionísio Jordani (Sócio e Gerente); Valmor Antônio Bertussi, João Cavalli, Vitório Bernardi, Francisco José Cavalli e Claudino Cavalli.

OUTROS DADOS

Foram usados na construção do Silo 200 dúzias de taboas de madeiras (araucária) e cerca de 1000 quilos de Pregos.

O silo foi construído em forma de funil e era dividido em quatro compartimentos longitudinais com capacidade de 1.500 quilos de trigo, para cada compartimento. Um, deveria estar vazio para ter condições de revolver o trigo de um para outro (para não estragar). O moinho funcionava pelo sistema de correias. Uma vez por semana, o trigo teria de ser mexido. Um dos construtores do moinho foi Orlando Lorandi. O trigo estrangeiro vinha transportado por Porto Alegre e Passo Fundo.

A farinha era vendida em Lages, Santa Cecília (SC) e Caxias do Sul. Lembra Nelso Brochetto que, em 1965, houve uma nevasca muito forte, acarretando a falta de energia elétrica. Como o moinho teve que interromper suas atividades, quinze caminhões Chevrolet-Brasil ficaram parados, sem poderem transportar a mercadoria por vários dias.

Em 1974, a sociedade entrega o moinho para seus credores, assumindo como Gerente o Sr. Valdemar Pante (Lalo). Nesta época, foram obrigados a vender algumas máquinas para pagar dívidas com os agricultores e outros credores.

Fonte: Raizes de São Marcos e Criúva/ org. Osmar Possamai et al. 2 ed., Porto Alegre: EST, 2005. 912p.
Pesquisado por:
Evaldo Prus de Castilhos - Professor e Pesquisador. Criúva-Caxias do Sul/RS.
Luiz Guiomar Gonçalves dos Reis - Professor e Pesquisador: Criúva-Caxias do Sul/RS.

 

MOINHO HOJE

Em 2009 surge Associação Beneficente, Social e Cultural Nossa Senhora do Carmo, formada por grupo de amigos que possui desejo em comum preservarem o local. O moinho é adquirido da família Pasquali com objetivo de preservar o imóvel e tornar o local um espaço social e cultural para Criúva. No decorres desses anos o imóvel é tombado, inicia o processo de restauração, que esta em andamento, e a associação esta estudando a futura ocupação do local.