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O Di Paolo destaca-se pela essência e autenticidade da gastronomia dos imigrantes italianos, com seus sabores e temperos marcantes. Além da tradicional sequência de galeto al primo canto, o cardápio do Di Paolo Grill Lourdes oferece grelhados com carnes de primeira.
O carro-chefe casa - galeto al primo – é muito apreciado pelo sabor e suculência inconfundíveis. O prato vem acompanhado de polenta na chapa, polenta frita, queijo grelhado, salada de batata com maionese, radicci com bacon, salada siciliana. O cardápio de massas feitas na hora traz spaghetti, tortéi, nhoque, nero bianco e tagliarini e molhos variados.
O restaurante também oferece carta de vinhos, menu de bebidas e de sobremesas, tudo servido à vontade!
CONHEÇA A TRAJETÓRIA DA CASA E DO FUNDADOR
Di Paolo: uma história que orgulha a Serra Gaúcha
O sucesso do Di Paolo, premiado por 11 anos como o melhor galeto do Brasil pelo Guia Quatro Rodas e com 20 casas em operação, passa diretamente pela história de Paulo Geremia, o fundador, ao lado do irmão, Roberto. Nascido no interior de Guaporé, em uma localidade que posteriormente se tornaria o município de Dois Lajeados, Paulo sempre precisou trabalhar muito. “Eu sou de uma família de 15 irmãos, então lá em casa se abria um restaurante todos os dias”, conta.
Até os 18 anos, quando vivia por lá, ajudava na casa e juntava pinhões para vender na vila. Em 1980, foi servir ao Exército em Bagé, e então começou a trabalhar diretamente com a gastronomia. “Eu fui designado para atender os oficiais e aí me deram um curso de garçom no Senac. Eu trabalhei como garçom no quartel e, quando saí, fui para Torres fazer alguns meses de praia em restaurantes”, relata.
O próximo passo, após o verão, foi um emprego em Bento Gonçalves, no então tradicional restaurante Pão e Vinho. Paulo trabalhava como garçom, mas também frequentava a cozinha, e foi ali que aprendeu muito do que acabou empregando no seu negócio. “Eu aprendi tudo naquela casinha pequena do Pão e Vinho. Tinha um quarto em cima e eu morava lá, então ficava o dia todo. Aprendi a temperar e assar galeto, conheci todas as funções de um restaurante”. Ele ainda trabalhou como garçom em Caxias do Sul e assumiu como sócio de uma lancheria e um restaurante em Bento Gonçalves. Até que percebeu que era o momento de criar o seu negócio.
Em 1994, ao lado irmão Roberto Geremia, reuniu seis funcionários e fundou o seu primeiro restaurante. Era o início da consagração do Di Paolo. Paulo seguia sócio de um outro restaurante em Bento Gonçalves, e isso já tinha lhe dado a oportunidade de viajar a Buenos Aires e aos Estados Unidos para conhecer negócios gastronômicos. Foi dali que saiu uma das principais características do seu novo negócio. “Eu percebi que os cardápios na Argentina e nos Estados Unidos eram muito definidos, enquanto o restaurante do qual eu era sócio tinha muita variedade. Visitei casas com um tema específico, que passava pelo cardápio e pela decoração. Se era hambúrguer, era isso, se era pizza, só pizza, se era frango, só frango. Voltei com essa ideia”, relembra.
E o sucesso do galeto premiado? “Eu fiz muito galeto quando trabalhava no Pão e Vinho, fui aprendendo a melhorar o tempero. No Di Paolo, estudamos como fazer com que ficasse crocante por fora e suculento por dentro, acrescentamos a cerveja e criamos um tempero próprio, exclusivo. O galeto é temperado sempre de um dia para o outro, tem uma forma correta de ser espetado e deve estar a uma distância determinada do fogo. Nós desenvolvemos essa churrasqueira rotativa com a distância que queríamos e temos o vinho que entra nos momentos certos para ajudar no tempero e no aroma”.
Esse cuidado com o prato que espalhou a marca Di Paolo por todo o Brasil e até mesmo para o Exterior explica bastante do sucesso. Mas Paulo não credita a apenas isso. Ele entende que toda a experiência contribui, porque há esse cuidado especial com as porções pequenas. “É tudo feito na hora. Chegamos a fazer um panelão de sopa no começo e distribuir em sopeiras que iam para a mesa, mas percebemos que não funciona. Tudo é feito em porções individuais para cada mesa, preparadas uma por uma e servidas no ponto, sem nunca requentar. Acertamos muito nisso”, completa.
É claro que a produção própria também interfere. Desde o radicci da salada até o caldo e o capeletti são produzidos dentro do negócio. Isso contribui para algo que Paulo preza muito: a padronização. Quem frequenta o Di Paolo sabe que, ao chegar em qualquer uma das casas, vai encontrar o mesmo atendimento e o mesmo sabor. “A casa de Gramado ajudou a tornar a marca mais conhecida no país, mas o grande salto foi quando abrimos em Porto Alegre. E foi neste momento também que entendemos que precisávamos mudar o posicionamento da marca se quiséssemos crescer no país”.
Paulo explica que ele percebeu que, na verdade, não se tratava de um restaurante de comida italiana, mas, sim, da culinária dos imigrantes italianos que vieram para a Serra Gaúcha. A bandeira da Itália, que por anos decorou o restaurante, já não entrou bem em Porto Alegre e foi quando ele começou a tentar entender o movimento e agir. “Fizemos uma pesquisa com 600 pessoas e percebemos que não daria para seguir assim para o resto do Brasil. Temos ingredientes que são daqui, não são da Itália. Então nos reposicionamos e passamos a identificar a nossa gastronomia como típica da imigração italiana na Serra Gaúcha. Mudamos móveis, decoração e divulgação”.
Foi mais uma atitude que deu certo, assim como o modelo Expresso nos shoppings, iniciado em Caxias do Sul. A abertura na cidade vizinha a Bento Gonçalves aconteceu logo três anos depois da criação do primeiro restaurante, e Paulo ressalta que esse convite ajudou a expandir a marca. Porém, ele percebeu que as pessoas não estavam no shopping para sentar e comer com calma. “Foi uma intuição que eu tive. As pessoas passavam e não entravam, não saíam de casa para comer no Di Paolo, queriam um programa de entretenimento. Então conseguimos abrir um janelinha de 80 centímetros para vender pratos expressos para serem consumidos na praça de alimentação. Vendemos 5 mil pratos por mês naquela janelinha”. Hoje, o Di Paolo vende 50% expresso e 50% sequência, tamanho o sucesso da janela, que é claro, foi crescendo.
São várias percepções de um empreendedor nato que, focado no padrão, entendeu que poderia vender os produtos também congelados. A Di Paolo Alimentos é a fábrica, que surgiu para atender primeiramente a demanda dos restaurantes, que passaram a ser cada vez mais numerosos. Quando esse objetivo foi atingido, o próximo passo foi oferecer os produtos congelados em redes de supermercados. Mais um golaço. “O caldo congelado foi uma novidade no mercado e pegou rápido”.
Com 18 sócios no grupo e restaurantes em obras para abrir em breve, Paulo fica em silêncio por alguns segundos ao ser questionado como se sente ao olhar para toda essa história. E então responde: “Eu aprendi que preciso fazer uma casa muito bem, formando pessoas para trabalhar nela. Depois, eu posso fazer outra, também muito bem. E outra. Mas sem nunca descuidar de nenhuma. Agora, são muitos restaurantes, a fábrica, parece algo difícil de construir, mas não foi, porque eu fiz uma coisa por vez. Foi acontecendo ao natural e, por isso, se eu tivesse que recomeçar hoje, faria tudo de novo”. E o coração, Paulo? “O coração sente orgulho”. A Serra Gaúcha também.