Café Galópolis

Café Galópolis: o sonho de Greta virou realidade

A crença em um propósito e o trabalho feito com qualidade e dedicação são alguns dos ingredientes quer resultaram no sucesso do Café Galópolis. Greta Bachi sempre teve a intenção de ter um negócio voltado para o turismo em Galópolis. “O café é o meu sonho pessoal, eu sempre vi muitas oportunidades de turismo por aqui e achava injusto que todas as histórias que fazem parte do bairro não tivessem plateia”, conta. Em 2022, decidiu que era a hora de sair da Padaria Galópolis, que é da família do seu marido desde 1975 e onde ela trabalhava, e partir para a realização do seu sonho.

No dia 16 de julho de 2022, ela abriu as portas do Café Galópolis com a intenção de receber turistas e disposta a trabalhar por isso. “Eu sou daqui, conheço o potencial e estou cumprindo a minha responsabilidade social, porque quero fazer algo pelo lugar onde nasci”, completa. O primeiro passo foi levar essa história do bairro para dentro do espaço. As casas da Vila Operária, que são um incrível patrimônio arquitetônico, e informações sobre a trajetória na tecelagem fazem parte da decoração, entre outros fatos. “Quando a pessoa entra no café, já está fazendo parte dessa história”, diz Greta.

Para acompanhar, é claro, um cardápio que respeita a tradição e entrega muito sabor. Além de produtos comuns a qualquer café, a proprietária decidiu apostar em itens locais, justamente para fortalecer o que enxerga de bom no bairro. O tradicional canudinhos de creme, produzido pela Padaria Galópolis e que há anos atrai pessoas de diversos lugares, está à disposição e sempre novinho, como tudo que é exposto na vitrine. Polenta brustolada, uma iguaria da imigração italiana, também é servida, assim como o grôstoli. Crepioca, torradas italianas com copa e uma lista de cafés completam o cardápio. Vinhos e espumantes também são comercializados, com um detalhe muito importante: “Eu só trabalho com marcas aqui da região”, afirma. No inverno, tem sopa.

Com essa visão de valorizar o bairro e os negócios que existem por lá, preservando a história, Greta começou rapidamente a atingir o seu objetivo. “O cardápio foi sendo montado conforme os clientes pediam, porque eu não sabia exatamente como fazer, o trabalho aqui é muito diferente da padaria. Então conforme eles solicitavam algo, eu ia incluindo”, conta. Tudo isso, aliado a um horário super estendido, porque sabemos que turista viaja aos finais de semana, tem contribuído para um crescimento tão grande no movimento, que já foi preciso ampliar a cozinha.

O café abre de segunda a quinta, das 7h às 20h; às sextas e aos sábados, das 7h às 21h; e aos domingos e feriados, das 8:30 às 21h. “Para atender o turista, temos que trabalhar direto e eu estou disposta a fazer isso. Quando me diziam que aqui as coisas nunca dão certo, que os turistas não viriam, eu falava brincando: ‘vai ter fila na porta’. E está acontecendo isso”. Sim, o Café Galópolis tem fila para entrar, e essa é a melhor propaganda.