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Monumento Joaquim Pedro Lisboa

Monumento Joaquim Pedro Lisboa

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Joaquim Pedro Lisboa, Monumento em homenagem ao organizador da Festa da Uva

O acesso ao monumento se dá pelo Parque da Festa da Uva. O Parque fica  aberto diariamente das das 8h às 20h. (Devido à pandemia, consulte disponibilidade de dias e horários para visitação)

O local possui estacionamento e Centro de Atenção ao Turista. Fica ao ar livre. O acesso é gratuito, mas em alguns eventos pode haver cobrança de ingresso ao Parque. Para chegar de ônibus - Linha: Pioneiro (via Visconde) e Pôr do Sol (via Matheo Gianella). Para realização de passeio em todo o roteiro La Città, sugere-se acompanhamento de guia de turismo. 

Como chegar
Monumento Joaquim Pedro Lisboa
Rua Ludovico Cavinato, 143, Nossa Senhora da Saúde
Fone: (54) 3207 1166

O maior patrimônio de uma cidade são seus habitantes. Caxias do Sul tem inúmeros moradores que marcaram para sempre a história do município, um exemplo disso é Joaquim Pedro Lisboa, um dos organizadores da primeira Festa da Uva. Também fundador da Rádio Caxias e do Centro de Tradições Gaúchas Rincão da Lealdade, entre outras iniciativas em prol desenvolvimento de Caxias do Sul. O busto em memória a ele inaugurado em  22 de julho de 1978, está localizado na entrada do parque de eventos, no pórtico de acesso, está sobre uma base feita inteiramente de concreto e há cerca de dois metros do chão, dando destaque e imponência, além de fácil identificação por parte de quem visita o local. 

Conforme o historiador Luiz Antônio Alves, Joaquim Pedro Lisboa teve em sua ascendência múltiplas origens geográficas. Ao pesquisar suas origens, o historiador descobriu que alguns ancestrais são açorianos das Ilhas do Fayal e Terceira. Também se encontram outros ancestrais espalhados em Portugal como em Feira, Trás os Montes, Cidade do Porto e Lisboa. Seus descendentes também se integraram às famílias de imigrantes italianos. “Sua linhagem se aproxima a ancestrais de famílias importantes do Rio Grande do Sul, do ponto de vista histórico, como os Mena Barreto, Queirós de Vasconcellos, Carneiro da Fontoura, Pereira Pinto e Borba. Os Fontoura são originários das Astúrias, Espanha”, explica Luiz Antônio.

Joaquim Pedro Lisboa era natural de Rio Pardo no Rio Grande do Sul, nascido em 02 de abril de 1887.  Faleceu 08 de novembro de 1974. 

“Joaquim Pedro Lisboa não tinha sobrenome de origem italiana e não era caxiense de nascimento, mas deixou um legado inigualável para a nossa terra e para a nossa gente”, conta a historiadora Tânia Tonet. Joaquim veio para Caxias do Sul para trabalhar como inspetor da rede ferroviária, atraído pela oferta de boas opções escolares para a educação dos filhos. “Trazia uma consistente bagagem cultural, herdada, especialmente, da tia, a consagrada escritora gaúcha Ana Aurora do Amaral Lisboa, a quem é creditada a iniciativa da abertura de aulas noturnas, gratuitas, para adultos, o que equivale ao primeiro curso supletivo no Brasil”, destaca.

Aqui, ele se integrou totalmente ao desenvolvimento da cidade, com atuação em diversos segmentos, dando a todos sua contribuição intelectual e de silencioso e incansável labor, segundo os estudos da historiadora.

Foi um dos fundadores da Rádio Caxias, em 1946, onde mantinha os programas tradicionalistas “Canhadas e Coxilhas” e “Venha Pra Cancha, Amigo.” O grande amor pela cultura gaúcha o levou a liderar, em 1953, a fundação do CTG Rincão da Lealdade e a manter, junto com seu amigo Clóvis Pradel Pinheiro, uma coluna no jornal Pioneiro, denominada de Página Tradicionalista.

Participou da formação da Academia Caxiense de Letras, em 1962, tornando-se vice-presidente, na primeira diretoria. Excepcionalmente participativo das atividades comunitárias, Joaquim Pedro exerceu os cargos de secretário na Associação dos Comerciantes, no Clube Juvenil e no Tiro de Guerra. Como coletor estadual, contribuiu para a instalação da agência do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, em Caxias, no ano de 1928. Foi, igualmente, inspetor do Instituto Rio-grandense do Vinho e guarda florestal, função exercida de forma gratuita, na defesa do meio ambiente, quando o assunto era muito pouco veiculado.

“Todas estas atuações seriam suficientes para fazer de Joaquim Pedro Lisboa uma figura notória da história de Caxias do Sul. Seu legado, no entanto, foi muito maior, deixando para os caxienses a marca que hoje se confunde com a própria cidade – a Festa da Uva. Foram seu espírito criativo, seu olhar além do horizonte e sua imensa capacidade de agregar, que geraram uma ideia tão forte que o tempo e suas vicissitudes não conseguiram apagar”, explica Tânia.

Seu pioneirismo o levou criar a primeira feira especializada do Brasil e a estruturar os elementos que serviriam de modelo para todas as festas regionais. “Joaquim Pedro, em suas anotações pessoais, dizia que desejava dar para Caxias algo que a diferenciasse das demais. Mal imaginava ele, que sua própria criação passasse a ser referencial da identidade da cidade que ele tanto amou”, indica a pesquisadora.

Para Tânia, seus laços com Caxias foram fruto da gratidão dos que são acolhidos de braços abertos na terra escolheram para ser o cenário de sua caminhada e de seu aprendizado. “Joaquim foi um visionário, mas, acima de tudo, foi um homem que pautou sua vida pela fidelidade às suas crenças e aos seus valores”, finaliza.

Fonte: https://caxias.rs.gov.br/noticias/2012/01/idealizador-da-festa-da-uva-joaquim-pedro-lisboa-deixou-grande-legado-para-a-comunidade-caxiense  20/07/2023

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