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Edipalha Sustentabilidade e Arte nasceu do legado da mãe de Edilia
A infância ao lado da mãe, Ema Granzotto Santa Catarina, e um anjinho exposto em uma fruteira foram os impulsos para que Edilia Santa Catarina Menin investisse na arte como uma realização de vida. Desde pequena, quando ainda vivia no interior da região de Erechim, ela viu a mãe trabalhar na agricultura e, nas horas de folga, fazer tranças, chapéus, bordados, crochê e flores em papel crepon. “Ela adorava e aprendi algumas coisas com ela, fazia bordado, crochê”, lembra.
No final da década de 1990, a família se mudou para Caxias do Sul e Edilia passou a trabalhar em empresas diversas. Em 2019, quando estava em uma fruteira, ela viu um anjinho de palha e ficou muito impressionada. “Eu comprei na hora o anjinho e o sininho que estava ao lado. Achei maravilhoso. Levei para casa e nem precisei desmanchar para entender como ele era feito”, conta. A partir do desenvolvimento do seu primeiro anjo, ela não parou mais. "Em seguida eu fiz uma rosa, depois vieram as bonecas, o presépio e assim surgiu a Edipalha Sustentabilidade e Arte”, completa.
O trabalho não é apenas lindo, mas também leva sentimentos de Edilia na sua elaboração. Ela relata que tem um carinho enorme pela palha de milho que usa nas suas criações e considera que faz um artesanato raiz. “Eu defino dessa forma porque reutilizo algo que a própria natureza fornece, isso é muito bonito”. Tudo começou em 2019, na casa dela, e, sem seguida, veio a pandemia, quando o trabalho deu uma parada. “Acalmou um pouco, mas depois eu fui expor na Festa da Uva, com um grupo de artesãos, e o pessoal da Paisagem do Tempo viu e se encantou com o meu trabalho. Desde lá, eu faço parte do grupo e é onde deixo meus produtos”, ressalta. No primeiro domingo de cada mês, também é possível encontrá-la com suas lindas criações na feira que acontece em Ana Rech, ao lado do colégio Murialdo, na Rua Coberta.
Edilia também trabalha com encomendas e conta que o retorno que recebe das pessoas é muito gratificante. “Mesmo que a pessoa não compre, o elogio dela para o meu trabalho já é uma grande satisfação”, diz. Ela mesma produz parte da palha de milho que utiliza e faz questão de dizer que o cultivo é totalmente orgânico. “Eu uso o milho crioulo, ele não tem alteração genética e nasce em quatro cores: bege, branco, marrom e bordô”, explica.
Troncos de árvores também saem da natureza para virar artesanato, mas nesse caso pelas mãos do seu marido, Juarez Menin. Usando a madeira de diversas formas, ele cria itens que se destacam e levam originalidade para a casa de quem consumir. O grande destaque são os relógios, que aparecem em diversos estilos e tamanhos e são peças únicas. A partir do que a natureza nos entrega, ambos criam produtos que encantam e valorizam a sustentabilidade.