Se você já tem cadastro
Se você é novo por aqui
Você é
CLIENTE ANUNCIANTE
Incluir, mostrar e destacar a sua empresa, produtos e serviços. Inclui autorização para cadastrar eventos.
PROMOTOR DE EVENTOS
Cadastro para poder incluir eventos na agenda.
Deve ser no nome do promotor responsável pelo evento.
Casa Histórica Bertussi

Casa Histórica Bertussi

Telefone (54) 9 9676 6791

FAZENDA BERTUSSI - Fazenda histórica que conta a história da música Bertussi. A propriedade é particular oferece visitação guiada. Casa em anexo para pousos ou para passar temporada.

Cobrado taxa de visitação


Como chegar
Casa Histórica Bertussi
Estrada Professor Natalino Boschetti, São Jorge da Mulada, Distrito de Criúva
Whats: (54) 9 9676 6791
Horário de Funcionamento
Dias e horários: sábado e domingos 9h às 11h30min e das 13h30min ás 17h. Atende demais dias mediante agendamento.

A Casa Histórica Bertussi: um verdadeiro museu da música tradicionalista

 

Gilnei José Bertussi é o responsável por manter viva e acessível a todos a história musical da Família Bertussi. Os Irmãos Bertussi, Adelar e Honeyde, foram os que mais se destacaram, mas o talento para a música surgiu antes, com o pai deles, e segue com Gilnei, que também é músico. “O meu avô, Fioravante Bertussi, começou com a música e construiu essa fazenda, entre 1932 e 1935. Eu faço questão de manter como sempre foi, inclusive nunca mudo a cor da casa, permanece laranja, como ele escolheu”, conta.

Visitar a Casa Bertussi é viajar pelo tempo, ouvir histórias marcantes e ver objetos significativos. Dentro da casa, estão alguns objetos de Fioravante e da sua esposa, Juvelina, parte do acervo de Adelar, pai de Gilnei, e também dele próprio, que já trilha uma carreira na música há 40 anos. “Não é a história dos Irmãos Bertussi, mas da Família Bertussi”, reforça.

Um dos objetos destacados na visita guiada é um sofá muito antigo que estava em exposição na Festa da Uva de 1954. Por que ele tornou-se especial? Porque na visita à festa, o então presidente da República Getúlio Vargas sentou-se nele. “Getúlio e sua comitiva pararam para descansar no meio da visita e ele sentou-se nesse sofá. O meu avô prontamente o comprou, levou para a casa dele em Caxias do Sul, depois para Porto Alegre, quando viveu lá, e então para a fazenda”, detalha Gilnei, responsável pela casa ao lado de sua esposa, Sônia.

Outro momento alto é ver o quarto onde o icônico músico tradicionalista Teixeirinha se hospedou. “Ele ficou hospedado na fazenda, e as pessoas gostam de ver o quarto que ocupou na casa”. Falando sobre hóspedes, a visita também inclui registros da passagem do pernambucano Luiz Gonzaga, em setembro de 1964. "Nós temos um relato, uma frase que ele deixou escrita. O meu pai (Adelar) sempre conservou aquele registro, para mostrar aos visitantes, e, recentemente, encontrei uma reportagem de jornal que fala da visita dele a Bento Gonçalves. Luiz Gonzaga esteve na fazenda em 23 de setembro de 1964. Três dias antes, em Bento Gonçalves, recebeu um acordeón branco da marca Todeschini”, conta Gilnei. A reportagem também foi para a parede.

Praticamente um museu que retrata um recorte significativo da história da música tradicionalista, a Casa Histórica Bertussi recebe visitantes para uma visita guiada que leva entre 30 e 40 minutos e é conduzida por Sônia. Há, também, a possibilidade de conversar um pouco e até ouvir uma música tocada por Gilnei, se você chegar em um momento que ele esteja na casa e com agenda disponível, . Para fazer a visita, é preciso agendar.

É possível também combinar hospedagens de fim de semana em uma segunda casa que há na propriedade. A Casa Histórica fica em frente ao Memorial Irmãos Bertussi, que  combina perfeitamente em um roteiro pela música gaúcha. Programe-se e, ao chegar à propriedade, entre no clima com o cumprimento “Oh de casa”!

 

Confira vídeo  de Adelar, Gilnei  e banda gravado na casa da fazenda em maio de 2015

 


História dos Irmão Bertussi

Honeyde Bertussi (São Francisco de Paula, 20 de fevereiro de 1923 — Porto Alegre, 4 de janeiro de 1996)

Adelar Bertussi (Caxias do Sul, 15 de fevereiro de 1933 – Campo Largo, 30 de setembro de 2017)

De família de músicos, em 1940, seu pai Fioravante Bertussi formou um grupo com seus quatro filhos para tocar em bailes e festas: Honeyde, tocava violão e acordeon, Walmor, clarinete e bateria, Wilson, clarinete e saxofone e Adelar, ainda menino, tocava cavaquinho, gaita de botão e pandeiro, aperfeiçoando-se mais tarde em acordeon.

Na década de 1950, Honeyde e Adelar se destacaram tocando e cantando e formaram a maior dupla gaúcha de todos os tempos, os Irmãos Bertussi.

Ele e seu irmão foram os pioneiros da música tradicionalista gaúcha e também foram o primeiro grupo a incluir a bateria em bailes, fato inédito, porque na época os artistas se apresentavam nos bailes com um pandeiro, uma gaita, um violão e um bumbo. Os dois irmãos formavam um dueto de acordeon, dando assim início à moda de baile com duas gaitas ao invés de uma só.

Hoje é referenciado como um símbolo do tradicionalismo gaúcho.

Com a morte de Honeyde, Adelar seguiu na música. Sua carreira de músico contou com mais de 70 anos de vida profissional. Entre LPs e CDs, possuiu mais de 50 discos gravados. Realizou mais de 6 mil apresentações entre bailes, shows e participações especiais no Brasil e exterior. Possuiu mais de 400 músicas gravadas incluindo folclóricas e regionais do sul, além de músicas populares brasileiras, internacionais e clássicos. Também escreveu métodos de acordeon que em parceria com o Maestro Waldir Teixeira, lançou o primeiro método “Som Bertussi” e na sequência o segundo volume intitulado “Som Bertussi – Som Maior”.

 

Como chegar